Você se lembra que a alguns anos atrás surgiu uma febre de relógios digitais em tudo? Geladeira, fogão, carro, etc. tudo tinha um relógio. Isso aconteceu porque o custo desses relógios ficou muito baixo.
Algumas dessas ideias vingaram, por exemplo colocar um relógio no fogão não é má ideia, já que quem cozinha normalmente precisa fazer controle de tempo. Já nas geladeiras, nem tanto, porque para o usuário não era tão importante mas quando o relógio parava (por qualquer razão) ele chamava a assistência técnica que - quando estava na garantia - era um custo alto para o fabricante de geladeiras.
O IoT é a mesma coisa: está ficando muito barato colocar conectividade Internet nas coisas. Então os fabricantes estão procurando aplicações para essa tecnologia. Algumas vão vingar, outras vão se mostrar de pouco valor.
O que seria uma aplicação de IoT para geladeira? Seria colocar um tablet na porta para o usuário anotar a lista de compras? Não! IoT é quando um equipamento usa a Internet, então uma aplicação de IoT para geladeira poderia ser sensores espalhados no motor do compressor, no próprio compressor, na porta e até na tomada, esses sensores coletando informações que depois seria transmitidas para um servidor que iria utilizar esses dados para identificar eficiência energética ou avisar ao usuário que alguma coisa vai quebrar em breve.
Então a primeira coisa que precisamos saber para identificar oportunidades de negócios com IoT é identificar onde existe espaço (e valor agregado) em medir e controlar.
IoT quer dizer "Internet das Coisas", então qual são as "Coisas" que mais se beneficiariam em ser medidas e controladas?
Mas isso não seria apenas automação predial? Sim, porém em outro nível. Hoje em dia automação predial é feita através de controladores ($$$) colocados junto aos equipamentos que queremos controlar, no IoT os próprios sistemas de ar-condicionado, iluminação (talvez até as próprias luminárias), elevadores, etc. terão já nativamente conectividade.
Com o IoT o conceito de "Produto como Serviço" pode alcançar um novo nível: ao invés de alugar um veículo 100% novo, a locadora pode usar um veículo que seja parcialmente reutilizado. Nesse caso um veículo anterior, desmontando e com partes reaproveitadas.
Tudo mundo sabe que reaproveitar é melhor que reciclar, e o IoT vai permitir que os veículos (e outros produtos) seja feitos de partes reaproveitadas.
Com o IoT vai ser possível monitorar as diversas parte do veículo (motor, câmbio, suspensão), 24 horas por dia, e assim será possível (dentro de normas técnicas) identificar, em cada veículo que partes podem ser reaproveitas.
Isso vai permitir também as locadoras identificar os melhores motoristas (que dirigem causando o mínimo desgaste das peças) e dar a eles bônus e descontos.
Agora imagine esse conceito sendo estendido para qualquer produto: geladeira, fogão, televisão. Repare, no aluguel, quem se preocupa mais com a durabilidade do produto é o dono (locador) e não o o usuário. Então se a sua "Geladeira como Serviço" apresentar problema, é prejuízo para quem te forneceu, não para você. Assim quem vai se preocupar em fazer essa cadeira de reutilização funcionar será o próprio locador, que vai brigar fortemente com os fabricantes para isso.
Se as lâmpadas instaladas em todas as casas, escritórios, lojas, etc. forem inteligentes (conectadas IoT) isso fica fácil, porque cada lâmpada pode gerar para a fábrica um relatório diário de uso, assim a fabrica vai saber quando e onde haverá demanda de reposição.
Isso também vai se aplicar a auto-peças, eletrodomésticos, etc.
Alguém pode argumentar: esse é o conceito de "Just-In-Time"! Sim, é isso mesmo, apenas que quando esse conceito foi criado na década de 80 ele procurar usar uma ferramenta muito ineficiente: o ser humano. Hoje, usando IoT, temos a possibilidade de viabilizar essa ideia.
Algumas dessas ideias vingaram, por exemplo colocar um relógio no fogão não é má ideia, já que quem cozinha normalmente precisa fazer controle de tempo. Já nas geladeiras, nem tanto, porque para o usuário não era tão importante mas quando o relógio parava (por qualquer razão) ele chamava a assistência técnica que - quando estava na garantia - era um custo alto para o fabricante de geladeiras.
O IoT é a mesma coisa: está ficando muito barato colocar conectividade Internet nas coisas. Então os fabricantes estão procurando aplicações para essa tecnologia. Algumas vão vingar, outras vão se mostrar de pouco valor.
O que seria uma aplicação de IoT para geladeira? Seria colocar um tablet na porta para o usuário anotar a lista de compras? Não! IoT é quando um equipamento usa a Internet, então uma aplicação de IoT para geladeira poderia ser sensores espalhados no motor do compressor, no próprio compressor, na porta e até na tomada, esses sensores coletando informações que depois seria transmitidas para um servidor que iria utilizar esses dados para identificar eficiência energética ou avisar ao usuário que alguma coisa vai quebrar em breve.
Então a primeira coisa que precisamos saber para identificar oportunidades de negócios com IoT é identificar onde existe espaço (e valor agregado) em medir e controlar.
IoT quer dizer "Internet das Coisas", então qual são as "Coisas" que mais se beneficiariam em ser medidas e controladas?
Eficiência Energética
Uma das primeiras apostas do IoT é nas aplicações de eficiência energética, então temos que ver quais "Coisas" tem maior potencial de se beneficiar desse controle. Os principais candidatos são iluminação e ar-condicionado, grandes vilões de consumo principalmente em prédios comerciais. No entanto temos também uso de elevadores, bombas d'água e diversos outros elementos ativos em condomínios.Mas isso não seria apenas automação predial? Sim, porém em outro nível. Hoje em dia automação predial é feita através de controladores ($$$) colocados junto aos equipamentos que queremos controlar, no IoT os próprios sistemas de ar-condicionado, iluminação (talvez até as próprias luminárias), elevadores, etc. terão já nativamente conectividade.
Consumo Ecológico
O aluguel (ou leasing) de veículos é uma forma de "Produto como Serviço", onde o usuário não possui o produto, ele apenas utiliza e paga um valor mensal, cabeando ao dono do produto (nesse caso, o veículo) a manutenção, impostos, seguro e até a troca de tempos em tempos.Com o IoT o conceito de "Produto como Serviço" pode alcançar um novo nível: ao invés de alugar um veículo 100% novo, a locadora pode usar um veículo que seja parcialmente reutilizado. Nesse caso um veículo anterior, desmontando e com partes reaproveitadas.
Tudo mundo sabe que reaproveitar é melhor que reciclar, e o IoT vai permitir que os veículos (e outros produtos) seja feitos de partes reaproveitadas.
Com o IoT vai ser possível monitorar as diversas parte do veículo (motor, câmbio, suspensão), 24 horas por dia, e assim será possível (dentro de normas técnicas) identificar, em cada veículo que partes podem ser reaproveitas.
Isso vai permitir também as locadoras identificar os melhores motoristas (que dirigem causando o mínimo desgaste das peças) e dar a eles bônus e descontos.
Agora imagine esse conceito sendo estendido para qualquer produto: geladeira, fogão, televisão. Repare, no aluguel, quem se preocupa mais com a durabilidade do produto é o dono (locador) e não o o usuário. Então se a sua "Geladeira como Serviço" apresentar problema, é prejuízo para quem te forneceu, não para você. Assim quem vai se preocupar em fazer essa cadeira de reutilização funcionar será o próprio locador, que vai brigar fortemente com os fabricantes para isso.
Fábricas que Adivinham o Que os Clientes Vão Comprar
Imagine uma fábrica de lâmpadas que sabe que a demanda por lâmpadas vai subir 15% daqui a 3 meses, e já avisa os fornecedores de insumo para se prepararem. Imagine ainda que com isso essa fábrica sabe exatamente quantas lâmpadas ela vai vender (e produzir) a cada dia do mês nesses próximos 3 meses, de forma que ela pode receber apenas os insumos que vai necessitar (sem precisar fazer estoque de insumos) e já despachar imediatamente cada caixa de lâmpada produzida, sem precisar fazer estoque de material acabado?Se as lâmpadas instaladas em todas as casas, escritórios, lojas, etc. forem inteligentes (conectadas IoT) isso fica fácil, porque cada lâmpada pode gerar para a fábrica um relatório diário de uso, assim a fabrica vai saber quando e onde haverá demanda de reposição.
Isso também vai se aplicar a auto-peças, eletrodomésticos, etc.
Alguém pode argumentar: esse é o conceito de "Just-In-Time"! Sim, é isso mesmo, apenas que quando esse conceito foi criado na década de 80 ele procurar usar uma ferramenta muito ineficiente: o ser humano. Hoje, usando IoT, temos a possibilidade de viabilizar essa ideia.
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