Os primeiros switches e roteadores eram caixas grandes, porque precisavam acomodar vários processadores de tamanho grande. Dessa forma os conectores das portas eram apenas uma pequena parte do tamanho do equipamento.
No entanto com a evolução da tecnologia esses processadores ficaram menores e também consomem menos energia, o que permitiu a redução do tamanho dos equipamentos, sendo que hoje a grande maioria dos switches e roteadores tem apenas 1 U de altura (que é o menor espaço que um equipamento pode ocupar em um rack).
Isso gerou um problema: os conectores RJ-45 ficaram grandes demais. Não é que os conectores RJ-45 mudaram de tamanho (eles continuam obviamente com o mesmo tamanho de antes), nada disso. O que acontece é que hoje em dia é possível criar switches e roteadores com capacidade para processar 90 portas gigabit dentro de um equipamento de 1 U de altura; no entanto se usarmos o conector RJ-45 não há espaço físico para tanto conector.
Dessa forma surge a necessidade de conectores menores, que ocupem menos espaço que o RJ-45. Nesse esforço a Tyco lançou os conectores RJ.5 (RJ point 5), com metade do tamanho de um RJ-45 (por isso o termo ".5"). Externamente ele lembra bastante o tamanho e formato do conector USB A (para quem não lembra, o USB A é o lado que conecta no computador) e com ele é possível conectar 96 portas Gigabit em um equipamento de 1 U de altura.
A grande vantagem desse tipo de equipamento é o melhor aproveitamento do espaço dentro dos racks, que é normalmente um espaço caro dentro dos data-center (pergunte a qualquer gerente de data-center o trabalho que é ampliar a quantidade de racks).
Até onde eu pude pesquisar, ainda não existe nenhum esforço de padronização sobre esse conector, porém isso é algo comum nesse mercado, onde fabricantes lançam tecnologias proprietárias antes de serem padronizadas. A partir do momento que os clientes enxergam o valor da tecnologia, surgem então dois movimentos: de um lado o movimento de padronização e de outro o fabricante que lançou a tecnologia abre mão da exclusividade para garantir a sua popularização.
A tecnologia foi criada principalmente para ser utilizada nos equipamentos em si, os patch panels e caixas de conexão continuam RJ-45. Eu creio que a principal explicação para isso vem do fato que a conectorização dessa tecnologia tão densa é muito difícil para ser feita em campo e ainda assim garantir Cat.6.
Para saber mais, consulte diretamente o site do fabricante: http://www.te.com/catalog/minf/en/712?BML=10576,17560,17553,17680,17960&s_cid=2270
A quantidade de fabricantes que suportam essa tecnologia nos seus equipamentos ainda é pequena, mas devemos ter em breve, quando fabricantes lançarem novos equipamentos, uma onda de produtos com esse conector.
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