O ser humano não nasceu para entrar em um escritório, sentar em uma mesa de reuniões e ouvir por algumas horas uma apresentação. Isso significa que temos uma dificuldade natural em manter atenção, por muito tempo, em uma única coisa. No passado, gastar muito tempo com um único problema era contraprodutivo, as pessoas tinham que realizar várias tarefas: plantar o milho mas ao mesmo tempo cuidar para os porcos não fugirem e não esquecer de regar a horta - só para dar um exemplo aleatório.
Hoje, apesar da organização social que chegamos aonde o trabalho em conjunto é importante (cada um faz a sua parte dentro de um processo), ainda assim temos que nos atentar a várias coisas ao mesmo tempo durante o dia.
Assim temos dificuldade natural em nos focarmos em assunto e - principalmente - temos a capacidade de ignorarmos solenemente tudo aquilo que não nos chame a atenção. Um exemplo são os comerciais de televisão: está cada vez mais difícil aos anunciantes chamar a atenção dos telespectadores, pois o nosso cérebro rapidamente "perde foco" quando entram os comerciais. Já reparou a quantidade de propagandas na televisão com cachorros ou crianças? Propaganda de carros, produtos financeiros, etc. Isso porque cachorros e crianças ainda chamam a atenção. O problema é que rapidamente nos acostumamos a ignorar esses truques e logo esses reforços perderão força.
Com os slides em apresentações, o efeito é o mesmo. Quando surgiu o Power Point, com efeitos de entrada dos slides, pequenas animações e tudo mais, o efeito foi bom. Isso chamava a atenção dos participantes da reunião (muito mais interessante que o retroprojetor em slides preto e branco). No entanto já estamos acostumados a ver o mesmo truque: um slide colorido, o logo da empresa no topo, junto com o título e vários bullets.
Isso significa que a grande maioria das pessoas, quando sentam em uma sala de reunião, colocam automaticamente e sem perceber, o cérebro em modo automático: a cada slide, leem o conteúdo do texto e já começam a pensar em outros assuntos, sem prestar atenção no apresentador. Para piorar a tecnologia wireless e os tablets/smartphones permitem com que os participantes realizem outras tarefas nesse tempo.
Em resumo: levar uma apresentação Power Point para uma reunião é hoje ineficiente e perdemos a oportunidade (afinal, se coloca as pessoas importantes na sala, mas não transmite a informação).
O que fazer? Simples: mude.
Você já assistiu a alguma apresentação do Steve Jobs? No Youtube você encontra vários vídeos. Vai ser interessante você assistir mesmo que você não entenda inglês. Na verdade, é até melhor se você não entender inglês ou eliminar o áudio (coloque o seu computador em mute) para que você possa prestar atenção no estilo.
O Steve Jobs usa slides, mas de maneira muito suave. Imagens vibrantes, quase nenhum texto (repare que ele nunca usa o bullet, aquela bolinha na frente dos parágrafos) e muita energia: gestos, andando de um lado para outro. Apresentações rápidas e diretas. Tudo isso para garantir que a informação importante seja transmitida. Por mais que ele tenha mais informações que ele gostaria de passar, ele sabia que não adiantava falar por muito tempo pois as pessoas perderiam o foco e haveria o efeito inverso.
Outra sugestão é trazer os participantes para a apresentação com perguntas (que sejam fáceis de responder, para não constranger ninguém), pedindo ajuda para compreender melhor a posição de cada um. O flip char ou quadro branco (quando a quantidade de pessoas é pequena e todos conseguem enxergar o que se escreve) também ajuda.
Seja criativo, reinvente e chame a atenção dos participantes. Apenas cuidado com ideias radicais: talvez não seja uma boa coisa fazer a apresentação usando um chapéu de Carmem Miranda. Não que eu ache a ideia ruim, mas ele vai chamar mais atenção do que as suas ideias, e é exatamente isso que não queremos.
Se quiser saber dos meus próximos posts, você pode me seguir no Twitter http://twitter.com/mlrodrig
Hoje, apesar da organização social que chegamos aonde o trabalho em conjunto é importante (cada um faz a sua parte dentro de um processo), ainda assim temos que nos atentar a várias coisas ao mesmo tempo durante o dia.
Assim temos dificuldade natural em nos focarmos em assunto e - principalmente - temos a capacidade de ignorarmos solenemente tudo aquilo que não nos chame a atenção. Um exemplo são os comerciais de televisão: está cada vez mais difícil aos anunciantes chamar a atenção dos telespectadores, pois o nosso cérebro rapidamente "perde foco" quando entram os comerciais. Já reparou a quantidade de propagandas na televisão com cachorros ou crianças? Propaganda de carros, produtos financeiros, etc. Isso porque cachorros e crianças ainda chamam a atenção. O problema é que rapidamente nos acostumamos a ignorar esses truques e logo esses reforços perderão força.
Com os slides em apresentações, o efeito é o mesmo. Quando surgiu o Power Point, com efeitos de entrada dos slides, pequenas animações e tudo mais, o efeito foi bom. Isso chamava a atenção dos participantes da reunião (muito mais interessante que o retroprojetor em slides preto e branco). No entanto já estamos acostumados a ver o mesmo truque: um slide colorido, o logo da empresa no topo, junto com o título e vários bullets.
Isso significa que a grande maioria das pessoas, quando sentam em uma sala de reunião, colocam automaticamente e sem perceber, o cérebro em modo automático: a cada slide, leem o conteúdo do texto e já começam a pensar em outros assuntos, sem prestar atenção no apresentador. Para piorar a tecnologia wireless e os tablets/smartphones permitem com que os participantes realizem outras tarefas nesse tempo.
Em resumo: levar uma apresentação Power Point para uma reunião é hoje ineficiente e perdemos a oportunidade (afinal, se coloca as pessoas importantes na sala, mas não transmite a informação).
O que fazer? Simples: mude.
Você já assistiu a alguma apresentação do Steve Jobs? No Youtube você encontra vários vídeos. Vai ser interessante você assistir mesmo que você não entenda inglês. Na verdade, é até melhor se você não entender inglês ou eliminar o áudio (coloque o seu computador em mute) para que você possa prestar atenção no estilo.
O Steve Jobs usa slides, mas de maneira muito suave. Imagens vibrantes, quase nenhum texto (repare que ele nunca usa o bullet, aquela bolinha na frente dos parágrafos) e muita energia: gestos, andando de um lado para outro. Apresentações rápidas e diretas. Tudo isso para garantir que a informação importante seja transmitida. Por mais que ele tenha mais informações que ele gostaria de passar, ele sabia que não adiantava falar por muito tempo pois as pessoas perderiam o foco e haveria o efeito inverso.
Outra sugestão é trazer os participantes para a apresentação com perguntas (que sejam fáceis de responder, para não constranger ninguém), pedindo ajuda para compreender melhor a posição de cada um. O flip char ou quadro branco (quando a quantidade de pessoas é pequena e todos conseguem enxergar o que se escreve) também ajuda.
Seja criativo, reinvente e chame a atenção dos participantes. Apenas cuidado com ideias radicais: talvez não seja uma boa coisa fazer a apresentação usando um chapéu de Carmem Miranda. Não que eu ache a ideia ruim, mas ele vai chamar mais atenção do que as suas ideias, e é exatamente isso que não queremos.
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