Este é um ponto que eu me pergunto constantemente, quase filosoficamente: aonde terminam as liberdades individuais e começam os direitos coletivos?
Se algo é bom para 99 pessoas, e ruim para uma, deve ser feito independentemente do que seja? Repare bem: independentemente do que seja?
Obviamente que esse questionamento vem sendo discutido - creio que desde que o ser humano começou a falar - e ainda não tem uma resposta definitiva. Ou melhor, cada um tem a sua resposta definitiva, mas que não coincide com as dos demais.
O meu objetivo neste texto não é entrar no lado filosófico, mas no lado prático dessa diferença de opiniões que existe e como ela se aplica bem na questão de pirataria, liberdades individuais, legislação e tudo mais que surgiu com esse tema da proposta de legislação dos EUA chamadas SOPA e PIPA.
É quase algo religioso: ou você está de um lado, ou do outro, sem meio termos. Praticamente não existe uma troca de ideias saudável entre os lados, apenas acusações e discursos - mais voltados em atrair simpatizantes do que apresentar opções ao outro lado.
Eu realmente acho que deve haver um meio termo. Não precisamos de leis exageradas que criem riscos desnecessários, porém não podemos deixar o outro lado desamparado. Por exemplo, antes da SOPA e PIPA alguém pensou em criar um mecanismo para proteger as gravadoras? O que eu ouço são frases como "as gravadoras usam um modelo de negócios ultrapassado" ou "eles querem resolver o problema deles as custas da nossa liberdade".
Efetivamente alguém pensou neles antes? Se o modelo de negócios deles é ultrapassado, isso não justifica que devam ser jogados aos crocodilos. Aliás, quem é o ser supremo que define qual modelo de negócio é ultrapassado e qual não? Se você souber me avisa, preciso da omnisciência dele para algumas dicas de investimento futuro. Eles estão ganhando muito dinheiro? Não é isso que move o mundo. Como dizem "ganancioso é o nome que damos para quem ganhou dinheiro e não nos chamou para participar".
Sou particularmente contra a forma como o SOPA e PIPA ameaçam a liberdade de Internet, mas creio que isso só ocorreu porque várias profissionais que trabalham com propriedade intelectual (livros, música, design, filmes, etc.) foram literalmente abandonados pela sociedade.
Me siga no Twitter: http://twitter.com/mlrodrig
Se algo é bom para 99 pessoas, e ruim para uma, deve ser feito independentemente do que seja? Repare bem: independentemente do que seja?
Obviamente que esse questionamento vem sendo discutido - creio que desde que o ser humano começou a falar - e ainda não tem uma resposta definitiva. Ou melhor, cada um tem a sua resposta definitiva, mas que não coincide com as dos demais.
O meu objetivo neste texto não é entrar no lado filosófico, mas no lado prático dessa diferença de opiniões que existe e como ela se aplica bem na questão de pirataria, liberdades individuais, legislação e tudo mais que surgiu com esse tema da proposta de legislação dos EUA chamadas SOPA e PIPA.
É quase algo religioso: ou você está de um lado, ou do outro, sem meio termos. Praticamente não existe uma troca de ideias saudável entre os lados, apenas acusações e discursos - mais voltados em atrair simpatizantes do que apresentar opções ao outro lado.
Eu realmente acho que deve haver um meio termo. Não precisamos de leis exageradas que criem riscos desnecessários, porém não podemos deixar o outro lado desamparado. Por exemplo, antes da SOPA e PIPA alguém pensou em criar um mecanismo para proteger as gravadoras? O que eu ouço são frases como "as gravadoras usam um modelo de negócios ultrapassado" ou "eles querem resolver o problema deles as custas da nossa liberdade".
Efetivamente alguém pensou neles antes? Se o modelo de negócios deles é ultrapassado, isso não justifica que devam ser jogados aos crocodilos. Aliás, quem é o ser supremo que define qual modelo de negócio é ultrapassado e qual não? Se você souber me avisa, preciso da omnisciência dele para algumas dicas de investimento futuro. Eles estão ganhando muito dinheiro? Não é isso que move o mundo. Como dizem "ganancioso é o nome que damos para quem ganhou dinheiro e não nos chamou para participar".
Sou particularmente contra a forma como o SOPA e PIPA ameaçam a liberdade de Internet, mas creio que isso só ocorreu porque várias profissionais que trabalham com propriedade intelectual (livros, música, design, filmes, etc.) foram literalmente abandonados pela sociedade.
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Comentários
Acho que o grande problema é que os homens enlouqueceram com a velocidade das mudanças e da disseminação dos conteúdos proporcionada pela internet.
E por isso querem resolver um problema complexo sem o tempo adequado para estuda-lo.
O resultado é uma decisão descabida que afeta inocentes.