Quando se fala em armazenamento, a primeira coisa que se pensa são nos HDs (Hard Drives ou discos rígidos). Porém exitem várias formas de se conectar um HD a um servidor, vamos ver então cada uma delas.
DAS
Vamos começar pela mais simples: conexão direta. No DAS (Direct Attached Storage) temos os discos conectados diretamente ao servidor. Existem várias formas de conexão, como SAS, SATA (e suas variantes M.2, SATA Express, etc). Mas no caso dos DAS é quando esses discos (não importa qual a conexão) são conectados diretamente no servidor. Realmente muito simples.
Repare que a placa controladora de discos do servidor pode ter recursos de agregamento de disco (RAID) ou não, pode permitir a retirada dos discos com a máquina ligada (hot-swappable) ou não. Tudo isso não faz diferença. Desde que o disco esteja ligado diretamente no servidor, é DAS.
SAS
No SAS (Storage Area Network) temos no servidor uma placa e um sistema operacional que suporta o uso de discos que estão em rede. Neste caso os discos (novamente, não importa se SATA, SAS, etc.) ficam em um equipamento externo, que se preocupa em manter e controlar esses discos. Os servidores ficam separados, e entre esses servidores e o equipamento com os discos, existe uma rede.
Neste caso então o sistema operacional "finge" que tem os discos e, para as aplicações que estão rodando nele, é como se os discos estivessem realmente conectados diretamente nele. Para os programas e serviços rodando no servidor, é como se os discos SAS fossem DAS. Porém repare que neste caso é importante que a rede entre os servidores e o equipamento com os discos seja muito rápida.
Essa rede pode ser uma rede especializada, como Fiber Channel, ou mesmo uma rede Ethernet convencional. Não vamos aqui entrar em detalhes sobre essas opções (na verdade, existe quase que uma discussão religiosa entre quais a melhor opção para essa conexão), apenas é importante saber que essa rede precisa ser extremamente rápida e com altíssima capacidade. Hoje em dia é comum velocidades de 10Gbps a 40Gbps nessas conexões.
O importante é você saber que existe, entre os servidores e os equipamentos com os discos (podemos ter vários equipamentos de cada lado) temos um switch (Fiber Channel ou Gigabit Ethernet, normalmente com 100% das conexões em fibra ótica).
Neste casos o servidor pode ter também um (ou mais de um) disco DAS para boot do sistema operacional e para rodar algumas aplicações. É possível também fazer o boot do servidor via os discos SAS, deixando o servidor totalmente sem disco, porém por diversas razões (como praticidade e facilidade de instalação) nem sempre isso ocorre.
Entre o servidor e o equipamento com os discos existe um protocolo de comunicação (além do Ethernet ou Fiber Channel). Existem várias opções, mas os nomes mais comuns que você vai escutar são iSCSI, AoE (ATA over Ethernet), Internet Fibre Channel Protocol (iFCP), só para citar alguns. Não importa a sopa de letrinhas, o importante é você saber que nestes casos existe uma separação entre o servidor e os discos.
NAS
No caso do NAS (Network Attached Storage), é algo muito parecido com o SAS, apenas que rede entre os servidores e os equipamentos com os discos não é tão especializada e os protocolos não são tão complexos.
Neste caso o equipamento na rede com os discos (muitas vezes chamado de NAS também, Network Attached Server) é conectado a uma rede mais simples, normalmente apenas Gigabit Ethernet e não necessariamente através de fibra ótica. Nesses casos o protocolo entre o servidor e o NAS pode ser iSCSI ou algo equivalente ao SAS, porém é mais comum que sejam protocolos mais simples como o SMB, Samba ou protocolos de compartilhamento.
No geral uma rede NAS ou SAS tem a mesma topologia, porém as redes SAS são mais caras porém muito mais rápidas.
Para aplicações de arquivos ou backup em rede (onde a performance não é essencial e o custo deve ser mantido baixo) se usa normalmente redes NAS. Já para aplicações de banco de dados ou de data-center, normalmente o SAS é o mais utilizado.
Porque usar SAS/NAS e não apenas DAS?
Porque se dar ao trabalho (e custo) de criar uma rede de equipamentos de disco e não deixar todos eles diretamente conectados nos servidores (DAS)? A resposta é: para facilitar o gerenciamento, manutenção e expansão da capacidade de armazenamento.
Os dados são parte importante da vida das empresas hoje. Quando a quantidade de dados armazenada passa a ser muito grande o uso do DAS se torna muito complicado. O uso da NAS e SAS ajuda a separar o lado "servidor" do lado "armazenamento" a trás muitos benefícios em termos de gerenciamento, controle e permite uma rápida expansão ou modificação das necessidades de armazenamento.
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DAS
Vamos começar pela mais simples: conexão direta. No DAS (Direct Attached Storage) temos os discos conectados diretamente ao servidor. Existem várias formas de conexão, como SAS, SATA (e suas variantes M.2, SATA Express, etc). Mas no caso dos DAS é quando esses discos (não importa qual a conexão) são conectados diretamente no servidor. Realmente muito simples.
Repare que a placa controladora de discos do servidor pode ter recursos de agregamento de disco (RAID) ou não, pode permitir a retirada dos discos com a máquina ligada (hot-swappable) ou não. Tudo isso não faz diferença. Desde que o disco esteja ligado diretamente no servidor, é DAS.
SAS
No SAS (Storage Area Network) temos no servidor uma placa e um sistema operacional que suporta o uso de discos que estão em rede. Neste caso os discos (novamente, não importa se SATA, SAS, etc.) ficam em um equipamento externo, que se preocupa em manter e controlar esses discos. Os servidores ficam separados, e entre esses servidores e o equipamento com os discos, existe uma rede.
Neste caso então o sistema operacional "finge" que tem os discos e, para as aplicações que estão rodando nele, é como se os discos estivessem realmente conectados diretamente nele. Para os programas e serviços rodando no servidor, é como se os discos SAS fossem DAS. Porém repare que neste caso é importante que a rede entre os servidores e o equipamento com os discos seja muito rápida.
Essa rede pode ser uma rede especializada, como Fiber Channel, ou mesmo uma rede Ethernet convencional. Não vamos aqui entrar em detalhes sobre essas opções (na verdade, existe quase que uma discussão religiosa entre quais a melhor opção para essa conexão), apenas é importante saber que essa rede precisa ser extremamente rápida e com altíssima capacidade. Hoje em dia é comum velocidades de 10Gbps a 40Gbps nessas conexões.
O importante é você saber que existe, entre os servidores e os equipamentos com os discos (podemos ter vários equipamentos de cada lado) temos um switch (Fiber Channel ou Gigabit Ethernet, normalmente com 100% das conexões em fibra ótica).
Neste casos o servidor pode ter também um (ou mais de um) disco DAS para boot do sistema operacional e para rodar algumas aplicações. É possível também fazer o boot do servidor via os discos SAS, deixando o servidor totalmente sem disco, porém por diversas razões (como praticidade e facilidade de instalação) nem sempre isso ocorre.
Entre o servidor e o equipamento com os discos existe um protocolo de comunicação (além do Ethernet ou Fiber Channel). Existem várias opções, mas os nomes mais comuns que você vai escutar são iSCSI, AoE (ATA over Ethernet), Internet Fibre Channel Protocol (iFCP), só para citar alguns. Não importa a sopa de letrinhas, o importante é você saber que nestes casos existe uma separação entre o servidor e os discos.
NAS
No caso do NAS (Network Attached Storage), é algo muito parecido com o SAS, apenas que rede entre os servidores e os equipamentos com os discos não é tão especializada e os protocolos não são tão complexos.
Neste caso o equipamento na rede com os discos (muitas vezes chamado de NAS também, Network Attached Server) é conectado a uma rede mais simples, normalmente apenas Gigabit Ethernet e não necessariamente através de fibra ótica. Nesses casos o protocolo entre o servidor e o NAS pode ser iSCSI ou algo equivalente ao SAS, porém é mais comum que sejam protocolos mais simples como o SMB, Samba ou protocolos de compartilhamento.
No geral uma rede NAS ou SAS tem a mesma topologia, porém as redes SAS são mais caras porém muito mais rápidas.
Para aplicações de arquivos ou backup em rede (onde a performance não é essencial e o custo deve ser mantido baixo) se usa normalmente redes NAS. Já para aplicações de banco de dados ou de data-center, normalmente o SAS é o mais utilizado.
Porque usar SAS/NAS e não apenas DAS?
Porque se dar ao trabalho (e custo) de criar uma rede de equipamentos de disco e não deixar todos eles diretamente conectados nos servidores (DAS)? A resposta é: para facilitar o gerenciamento, manutenção e expansão da capacidade de armazenamento.
Os dados são parte importante da vida das empresas hoje. Quando a quantidade de dados armazenada passa a ser muito grande o uso do DAS se torna muito complicado. O uso da NAS e SAS ajuda a separar o lado "servidor" do lado "armazenamento" a trás muitos benefícios em termos de gerenciamento, controle e permite uma rápida expansão ou modificação das necessidades de armazenamento.
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